Instabilidade política na Bósnia-Herzegovina perdura ainda hoje

REPÚBLICA DA BÓSNIA E HERZEGOVINA: Željka Cvijanović (sérvia) | Localização: Sudeste da Europa, na fronteira com o Mar Adriático e a Croácia | PIB 23,37 bilhões USD | Países fronteiriços (3): Croácia 956 km; Montenegro 242 km; Sérvia 345 km | Litoral: 20 km.fonte: factbook.cia,worldbank.org;foto:nato.int

Por: ATUALIDADES Internacionais | 26 junho 2023 | 11h05

Após a guerra de 10 anos na República Federativa Socialista da Iugoslávia, em 1991 ocorreu o fim do comunismo no país e as oito unidades federais foram desmembradas em seis Repúblicas, ou seja, Eslovênia, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Macedônia, Montenegro e Sérvia, sendo que as duas Províncias autônomas, Kosovo e Vojvodina, ficaram sob a jurisdição sérvia.

A intolerância política, étnica e religiosa entre sérvios cristãos ortodoxos, croatas católicos romanos e bósnios muçulmanos gerou a guerra de três anos na Bósnia que foi apoiada pela Croácia, ocupou 51% do território, acarretou 200 mil vítimas e 1,8 milhões de deslocados, sendo apenas encerrada pelo acordo de Paz de Dayton assinado em 1995, em Paris. Após este acordo o Estado manteve-se estagnado economicamente, dividido internamente em Federação Bósnia-Herzegovina e República Sérvia sob a presidência rotativa entre bósnios, sérvios e croatas, por oito meses durante os quatro anos de mandato presidencial, porém, unido por mais de 30 anos.

Apesar de líderes separatistas ultranacionalistas desejarem retomar antigas desavenças e a reforma do Acordo de Dayton é improvável que a Bósnia-Herzegovina com 3.807.764 habitantes, 50,1% bósnios, 30,8% sérvios, 15,4% croatas e com 3,7% pertencentes a outros grupos étnicos desmembre-se, uma vez que, em dezembro de 2022 a União Europeia aprovou sua concessão à adesão no bloco, liberando elevados subsídios internacionais e a incorporando ao grupo de nações dos Bálcãs Ocidentais, Sérvia, Albânia, Macedônia do Norte e Montenegro, a obter o estatuto de país candidato.